Com o avanço da tecnologia, a Ciência Contábil voltou a ter papel de destaque, cuja finalidade é a interpretação de números e apresentação de informações seguras para a tomada decisões.
De acordo com a literatura, a contabilidade surgiu antes mesmo da escrita. Seus primeiros indícios remontam do início da civilização, diante da necessidade de controle do patrimônio.
Com o passar do tempo, a contabilidade passou a ser considerada a ciência que estuda as alterações patrimoniais. No entanto, a contabilidade não é uma Ciência Exata, como a maioria imagina, e sim uma Ciência Social, uma vez que as alterações patrimoniais ocorrem por ação humana.
Um contador, não necessariamente, é um profissional que domina as operações matemáticas, pois a sua função é interpretar números, e a partir disso propor soluções para o sucesso dos negócios.
No Brasil, com a vinda da Família Real Portuguesa, tornou-se necessária a criação do Tesouro Nacional, que era composto por um inspetor, um contador, e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação de impostos no brasil. Tal fato desvirtuou a real função da contabilidade, passando a ser vista como uma atividade obrigatória para o cumprimento das obrigações fiscais.
Até hoje, lamentavelmente, é muito comum associarem o contador como uma profissional responsável pelo cumprimento das obrigações burocráticas, e que a sua função é exclusivamente a manutenção da regularidade fiscal da empresa, evitando problemas tributários.
Com o avanço da tecnologia, os aspectos fiscais e burocráticos deixaram de ser a atividade fim da contabilidade. A Ciência Contábil voltou a ter papel de destaque, cuja finalidade é a interpretação de números e apresentação de informações seguras para a tomada decisões.
Atualmente, além da apuração de impostos, cabe à contabilidade, por exemplo, disponibilizar informações para que a tributação de uma empresa seja adequada às suas operações, proporcionando melhor lucratividade.
O professor Antônio Lopes de Sá (1927-2010), autor de vários livros sobre a Ciência Contábil, conceituou o contador como o “médico das empresas”, uma vez que a sua função é, a partir dos relatórios econômicos e financeiros, apresentar alternativas para manter a saúde financeira das empresas.
Para que uma empresa tenha melhores resultados, é preciso entender e controlar custos e despesas. Para avaliar a lucratividade, e principalmente melhorá-la, é necessário avaliar os relatórios contábeis.
Para ampliar as atividades, lançar um novo produto, ou qualquer outra atitude em busca de crescimento, uma empresa deve estar amparada em informações seguras. Para todas essas decisões, a segurança advém de uma correta interpretação dos relatórios contábeis. Logo, por analogia, os relatórios contábeis são semelhantes aos exames que um médico solicita para diagnosticar um paciente.
As informações e alternativas a serem tomadas, é a prescrição das alternativas, que assim como um paciente recebe de um médico, as empresas recebem de um contador para se manterem sadias.